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Educação e evangelho: a importância do aprendizado nas comunidades ribeirinhas e indígenas

Transcrição condensada do programa de rádio emitido no dia 03 de julho de 2024 pela Boas Novas Iranduba FM.


LOCUTOR: Boa tarde, Iranduba e todas as comunidades ribeirinhas, indígenas e rurais próximas! Também boa tarde aos que nos ouvem pela internet em Boas Novas Iranduba FM. Envie este link para amigos e familiares em outras regiões. O calor está intenso com a seca iminente na Amazônia, mas estamos aqui com alegria. Sou Isaac, missionário da Igreja Atos de Justiça, Missão Vale da Amazônia. Hoje, temos alunos do Instituto Vale da Amazônia, missionários em formação, que compartilharão sobre educação e evangelho nas comunidades ribeirinhas e indígenas do Amazonas. Teremos Geliane Batalha, Eliabe Guilherme e Aucimara Franco. Prepare-se para uma mensagem encorajadora, onde quer que você esteja: em casa, no trabalho ou no trânsito. A música "Quero Te Ver" da banda Navegantes, composta no campo missionário, fala da presença de Jesus em nossas vidas. Cumprimentos especiais às comunidades de Iranduba, Careiro, Pacatuba, Curuçá, Curarizinho, e especialmente ao Manoelzinho do Cacau Pirera. Agradecimentos também a Dona Elizabeth Oliveira, Tânia Maura e irmã Maria do Curuçá. Envie suas perguntas e pedidos de oração pelo WhatsApp da Rádio Boas Novas. Vamos começar com Eliabe, do Alto Solimões, que compartilhará suas experiências sobre educação e evangelho. Bem-vindo, Eliabe!


ELIABE: Boa tarde! Sim, eu sou de Tabatinga, mas estou aqui em Iranduba estudando para me dedicar ao trabalho missionário.


LOCUTOR: Hoje eu quero dar também boa tarde para Geliane Batalha, missionária em formação já neste ano que vai para o campo missionário. Geliane, boa tarde! Seja muito bem-vinda à Rádio Boas Novas. Você pode se apresentar para nós e apresentar sua comunidade?


GELIANE: Eu tenho 22 anos e tem muitas crianças lá no meio delas. Mas está tudo bem. Estou aqui aprendendo a palavra de Deus para levá-la à minha comunidade, porque é importante levá-la lá. Às vezes, eu fico pensando por que não tinha ninguém lá na minha comunidade para cuidar das jovens, das crianças, mas alguns.


LOCUTOR: Muito obrigado. Você já adiantou muito do tema aqui com a gente. Geliane veio de uma comunidade pequena e ela se dispôs a ensinar a palavra de Deus por lá. E que bom, Geliane! A gente já quer te ouvir mais daqui alguns minutinhos. E agora eu quero chamar também Aucimara. Aucimara, seja muito bem-vinda à Rádio Boas Novas. Boa tarde! Você pode se apresentar? Pode se apresentar um pouquinho na sua língua também, se você se sentir à vontade.


AUCIMARA: Boa tarde, irmãos. Meu nome é Aucimara, tenho 20 anos. Sou da comunidade de Vila Betânia.


LOCUTOR: Muito obrigado, Aucimara. E vamos lá, gente! Primeira pergunta aqui vai para o Eliabe. Quero perguntar, Eliabe, você vem de uma comunidade muito grande. Como funciona a educação lá? Como são as escolas, o ensino fundamental, médio e a faculdade? Quais são as oportunidades de estudo que as pessoas têm lá?


ELIABE: Em Belém dos Solimões tem muito jovem. Tem 12 bairros, Caldeirão, São Pedro, São Francisco. Tem curso de açaí.


LOCUTOR: Muito legal. As pessoas na sua comunidade conseguem estudar o ensino fundamental e o ensino médio na comunidade mesmo ou têm que ir para outra comunidade para estudar?


ELIABE: Na comunidade. Ribeirinhos também vem para Belém para estudar ali, de Palmares, Bananal e Vera Cruz, Nova Esperança.


LOCUTOR: Que bênção. Então, as pessoas conseguem vir de outras comunidades para a sua para poder estudar lá. E você comentou que existem 12 bairros, né? Em Belém dos Solimões, quantas pessoas mais ou menos tem nessa comunidade, Ticuna, pessoas no geral?


ELIABE: 5.500 habitantes, 6.000 habitantes.


LOCUTOR: E eu quero repetir a pergunta aqui para a Geliane. Geliane, você falou que veio de uma comunidade pequena, né? Quantas pessoas tem na sua comunidade? E conta pra gente também como funciona a educação. Tem ensino fundamental, tem ensino médio? Ou, se não tem, pra onde as pessoas precisam ir para poder estudar?


GELIANE: Lá na minha comunidade tem poucas pessoas, só 40 casas, mas tem uma escola. Em 2019, quando chegamos lá, não tinha escola, não tinha igreja, mas tinha uma SESAI. As crianças estudavam lá, e o cacique fez umas cadeiras para as crianças sentarem. Em 2022, começaram a construir a escola, e agora já está tudo pronto. Temos ensino médio, e tem muitas crianças estudando lá. Alguns alunos ainda precisam estudar no município de São Paulo de Olivença porque antes não tinha escola lá. Mas agora, graças a Deus, tem.


LOCUTOR: Você está dizendo que de 2019 para cá é a primeira geração que está tendo acesso à escola?


GELIANE: Sim, é a primeira geração. Ainda não temos energia, mas estamos conseguindo estudar. Quando precisamos ir para outra comunidade, meu pai nos leva e depois voltamos para casa. Ele é professor de português e espanhol.


LOCUTOR: Seu pai é professor de quais matérias lá?


GELIANE: Português e espanhol.


LOCUTOR: Muito legal. Você que está nos ouvindo, agora estamos conversando um pouco sobre educação nas comunidades indígenas lá do Alto Solimões. Você pode mandar a sua dúvida. Falamos agora de Belém do Solimões e Novo Paranapara, que são comunidades totalmente diferentes. Uma é uma comunidade muito grande, a outra é menor, perto de São Paulo de Olivença. E você pode mandar a sua dúvida, sua pergunta sobre esse tema, para o WhatsApp da Rádio Boas Novas. Eu queria ouvir um pouquinho agora da Aucimara, que vem de mais uma comunidade, Betânia. Conta pra gente, Aucimara, como funciona na sua comunidade a educação? Tem acesso ao ensino ou não? Conte tudo.


AUCIMARA: Já tem uma escola estadual, mas muitos também vão para outras comunidades. E tem muitas crianças também agora que estão estudando. Em breve, mais jovens estarão fazendo faculdade. A maioria também diz que está aqui em Manaus, fazendo outras faculdades.


LOCUTOR: Esse é um tema muito importante. Então, para poder fazer faculdade, quais são as principais opções? Você acabou de falar que Manaus é uma opção, que muitas pessoas vêm para Manaus para estudar na faculdade. Mas tem outras opções de faculdade lá perto também, no Alto Solimões, que você conhece?


AUCIMARA: Tem faculdade de enfermagem. 


LOCUTOR: É um tema muito sensível, muitas pessoas que querem fazer outras áreas, além de administração e enfermagem, esses cursos voltados para as realidades de lá, precisam procurar oportunidades em outros lugares. Isso acaba gerando uma dispersão das pessoas em vários municípios e acaba diminuindo as oportunidades que as pessoas têm na própria comunidade para estudar.


LOCUTOR: Geliane, como funciona na sua comunidade? Na geração dos seus pais, geração dos caciques atuais de lá da sua comunidade, existem pessoas que já se formaram na faculdade ou que têm esse desejo de cursar o ensino superior?


GELIANE: Tem, mas agora tem alguns que querem fazer faculdade em Manaus, aqui mesmo. Mas precisa muito de apoio. Há poucos jovens na minha comunidade, mas precisam de mais oportunidades para fazer faculdade.


LOCUTOR: Obrigado por compartilhar isso. E uma dúvida sobre isso: quais são os cursos que as pessoas mais procuram em Manaus para poder fazer? Quais você acha que são os cursos mais procurados? Tem algum curso que você acha que seria muito bom que tivesse por lá também, mas que as pessoas não conhecem ainda, que não tem acesso lá ainda?


ELIABE: Teve um dia que fizeram um curso de informática, tecnologia... Outra comunidade abriu alguns cursos.


LOCUTOR: Entendi, Eliabe. Comparando com a comunidade da Aucimara e da Geliane, que são comunidades pequenas, a sua comunidade é muito grande. Quais são os cursos que as pessoas mais procuram para poder fazer faculdade?


ELIABE: Cursos de costura e roupa, curso de plantão, curso de enfermagem, pedagogia, informática básica e avançada, curso de bateria, curso de violão e também cuidados brutos. Se tiver cuidado, queria saber por que cuidar do nosso caso também. Implanta sementes, curso de fazer casas. 


LOCUTOR: Muitos cursos voltados para essa área de empreendedorismo, né, na própria comunidade de negócios, de como administrar a comunidade. Muito bom, graças a Deus por isso. Eu queria perguntar para a Aucimara, um pouco mais para baixo ali no rio, como funciona para as pessoas que querem aprender mais sobre a palavra de Deus na sua comunidade? Existem oportunidades assim, desde para as crianças, para os jovens até os adultos?


AUCIMARA: Sim, sim. Eles fazem aula. Eu não sou do seminário, eles fazem e eu vou lá para ensinar as pessoas, mas eu nunca entrei lá no estudo. Mas a maioria dos jovens já estudaram direto no instituto.


LOCUTOR: Geliane, como funciona na sua comunidade? Qual é o acesso que as pessoas têm para estudar mais sobre a palavra de Deus?


GELIANE: Parece que tem parentes que já foram, mas não tem lá porque é longe.


LOCUTOR: A educação desempenha um papel crucial, trazendo dignidade às pessoas. Em Iranduba, você tem agora o Instituto Vale da Amazônia no centro da cidade. Gostaria de perguntar a cada um de vocês sobre o papel do ensino superior para as comunidades indígenas e missionários, através do Instituto Vale da Amazônia. Geliane, como tem sido sua experiência estudando lá e como isso impacta sua comunidade?


GELIANE: Para mim é muito importante, porque quando eu cheguei aqui, eu já conhecia Deus, mas eu não sabia a verdade. Eu pensei muito porque quando eu voltar para minha comunidade, quero ensinar as crianças e os jovens, porque está precisando para ouvir a palavra, no que ele ainda não sabe, porque a verdade é a palavra. Para mim, é bom estudar na minha comunidade. Deus me trouxe aqui nesse lugar para conhecer a palavra dele. Mas é bom estar com meus irmãos, minha família, igualmente.


Quando eu voltar para minha comunidade, quero ensinar as crianças e os jovens, porque está precisando ouvir a palavra, no que ele ainda não sabe, porque a verdade é a palavra.

LOCUTOR: Aucimara, como tem sido para você esse período de estudo e aprendizado com o ensino de graduação na Missão Vale da Amazônia?


AUCIMARA: Para mim é muito bom. Estudar e conhecer qual é a verdade da palavra de Deus, isso mostra muita coisa. Agora eu estou estudando, e Jesus está me fazendo entender a palavra da verdade para que eu possa ensinar. É muito interessante, muito forte, e eu gosto muito.


Agora eu estou estudando, e Jesus está me fazendo entender a palavra da verdade para que eu possa ensinar.

LOCUTOR: Muito bom, Aucimara. E por fim, Eliabe, como tem sido para você esse tempo de estudo no Instituto Vale da Amazônia?


ELIABE: É maravilhoso para mim. Um dia eu vou levar a palavra de Deus, mesmo com as dificuldades. Muitas crianças não conhecem o respeito e a palavra de Deus, e eu preciso levar essa palavra, aprender mais sobre a palavra de Deus. As pessoas precisam conhecer Jesus, e um dia eu quero abrir um caminho maravilhoso para andar junto com as crianças, os pais e todos.


Um dia eu vou levar a palavra de Deus, mesmo com as dificuldades.

LOCUTOR: Muito bom, Eliabe. Se você pudesse deixar agora um versículo para todo mundo que está nos ouvindo, em Iranduba e em outros municípios através da internet, qual versículo você deixaria?


ELIABE: Todo mundo já conhece, né? João 3:16. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.


LOCUTOR: Muito bom, obrigado. Aucimara, se você pudesse deixar agora um versículo para todo mundo que está nos ouvindo, de tantas comunidades ribeirinhas e indígenas, qual versículo você deixaria?


AUCIMARA: O Senhor é meu pastor e nada me faltará. Salmo 23:1.


LOCUTOR: Muito bom. E Geliane, essa última palavra, qual versículo você pode deixar para todo mundo que está nos ouvindo, em diversas partes do Brasil agora?


GELIANE: Tudo posso naquele que me fortalece. Filipenses 4:13.


LOCUTOR: Boa tarde, Iranduba e comunidades ribeirinhas! Agradeço a Geliane Batalha, Aucimara Franco e Eliabe Guilherme por compartilharem sobre educação e o ensinamento bíblico nesta tarde. Cada palavra de vocês foi sincera e inspiradora. Na Missão Vale da Amazônia, em parceria com o Centro Universitário Filadélfia (Unifil), oferecemos oportunidades de graduação e cursos profissionalizantes acessíveis. Nosso objetivo é capacitar pessoas de comunidades remotas para transformar suas próprias localidades com dignidade e desenvolvimento. A educação é crucial, como destacaram Geliane e Eliabe, e é uma responsabilidade que a igreja assume com seriedade. Visite-nos no Instituto Vale da Amazônia, em Iranduba, na Rua Camaiú, 158, e conheça nossos cursos em áreas como pedagogia, gestão, marketing, engenharias e tecnologia, todos disponíveis também na modalidade EAD. Além disso, convidamos você para nossos cultos semanais: quartas às 18h e domingos às 8h30, com programas especiais para crianças e jovens aos sábados. Não perca nosso próximo programa sobre os sinais dos tempos na Amazônia, amanhã às 13h. Acompanhe-nos também pela Rádio Boas Novas, no site www.boasnovasirandubafm.com.br, às 14h no horário de Brasília. Agradecemos por estar conosco hoje. Deus abençoe a todos!

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